Participação, Inclusão e Gênero - por Uriella Coelho (UFMG)

Impulsionado pelo debate em torno das potencialidades das novas instituições participativas brasileiras, o PRODEP investigou as relações de gênero presentes em treze conselhos municipais de saúde brasileiros, através da pesquisa “Democracia, Desigualdade e Políticas Públicas no Brasil”. O objetivo era identificar como que homens e mulheres participam nesses espaços, a partir da identificação das falas das(os) participantes registradas em atas ordinárias e extraordinárias produzidas entre os anos de 2003 e 2007.
 
A partir das atas, foi possível perceber que, apesar dos conselhos possuírem uma composição que tende a paridade, a maioria dos registros é de vocalizações masculinas.  A pesquisa também indicou que o padrão participativo de mulheres e homens é bastante diferenciado. As mulheres que encontram mais oportunidades para falar são as representantes dos trabalhadores da saúde ou do governo, as quais estão revestidas da autoridade de um saber técnico do segmento que representam. No caso dos homens, o usuário, o cidadão comum, encontra mais oportunidades para vocalizar suas demandas e opiniões. A pesquisa também identificou que a presidência dos conselhos ainda é um espaço ocupado, majoritariamente, pelos homens.  

 

 

1)Na sua visão, por que os homens ainda encontram mais oportunidades para falar durante as reuniões? Por que os homens ainda ocupam as posições de poder mais do que as mulheres?

 

2)Quais mecanismos poderiam permitir uma participação mais igualitária entre homens e mulheres?

 

3)Quais seriam os ganhos proporcionados por uma participação mais igualitária? 

 

 



 

 



 



 

Representação e Participação - por Débora Almeida (UFMG) ›

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